quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Junta Freguesia da Raiva e Sebolido

Rio Douro Vai Cheio. Paisagem deslumbrante. Mais palavras para quê?

A Pisca no Rumezal, Recanto da Abitureira e Lugar de Cancelos
Rio Arda e Douro vistos de S. Domingos da Queimada, Oliveira do Arda ao Fundo



Rio Arda Visto do S. Domingos
Pesca no Rio Arda

Como pescador do Rio Douro, do Sável e da Lampreia e do Peixe miúdo, devo confessar;  a pesca no rio Arda sempre foi um bocado segredada, ouvia dizer que  ali se pescava lampreia com garfo e que utilizavam outras redes como a Nassa. 
 Confesso que sem contar, apesar de manter viva essa curiosidade, quase de mão beijada foi-me dado a conhecer, por um antigo pescador, com ali actuavam.
Chegava a ser abundante, a pesca à lampreia, quando as correntes do rio o permitiam. Como não havia posto de venda, acabavam por serem dadas, como pescavam muitas.
 Os Moleiros também sabiam da poda melhor que ninguém, eram também pescadores. Juntavam um outro pescador, se calhar mais sábio, o Ti Joaquim Caganato, também ele de Oliveira do Arda.
Nos pesqueiros mais fundos, usavam uma fisga que tinha um pau cumprido e  quatro espetos e assim espetavam as lampreias e as tiravam para fora do rio. Em sitios  mais baixos e quando elas estavam a machear, chegavam a tirar duas e quatro de cada vez, já que as lampreias faziam uma cova na areia, para não serem emporradas pela corrente da àgua, e ali se metiam enquanto se macheavam.
Uma outra armadilha utilizada era a Nassa feita de rede, armavam-na, na boca  metiam umas estacas e tapavam o rio com rancas, "talvez tivessem copiado isto pelos alares que se metiam no Douro" e pescavam garndes quantidades, utilizavam este mesmo método depois no Verão para o peixe miúdo.
Um outro metodo por eles utilizado, era  um pano, quando elas engodavam nas pedras, ou nas tronco das árvores, já que a lampreia é por ventosa, e assim o pano não as deixava deslizar das mãos.
No verão ainda uilizavam o tesão,   um pau e um arco redondo com um espeto e pregado, com um saco de rede e que encostavam  às paredes e os peixes miúdos caíam lá dentro. O Peixe, só ía até as Laceiras, porque aí tinha o muro da levada que  não deixava subir.
Lamenta-se; que hoje, infelizmente, o Arda não produza qualquer tipo de riqueza nem ajude os moradores das suas margens a saborear os  peixes cria, que a mando dos senhores de Bruxelas,proibem que se pesquem e assim se comam, preferindo que se vão comendo uns aos outros, e para qued assim seja até fomentam essas espécies que apenas se alimentam devorando os peixes que lá exiastiam desde os tempos primórdios, como aliás pasme-se!..... Acontece no Rio Douro, só porque se deram ao luxo de quererem construir uma Barragem, que muitos clamam e se interrogam ,se deveria ter sido  assim, e não de outra forma, a assegurar que as populações das zonas ribeirnhas, para que  não fossem usurpadas de um bem, que por direito próprio lhes deveria pertencer, já que é uma dádiva da Natureza.
Domingo, 19h15m, relógio Senhora das Amoras

Capela da Senhora das Amoras onde em cada ano no dia sete e oito de Setembro de realiza a festa

MOÍNHOS E MOLEIROS  e  FÁBRICAS NO RIO ARDA
O Moinho na Pedra da Figueira que era pertença do simpático solteirão de Guirela, o saudoso Barroca e o não menos o Moleiro Ti Henrique, se o primeiro era o proprietário, este vivia na casa pertença ao moinho e quando deixou de trabalhar ali veio para a sua casa em Folgoso.
Havia duas Fábricas de papel ali próximo, um,a era pertença do Vieira Guedes, e que ainda hoje labora, sendo essa laboração da responsabilidade de um seu neto. A outra do Ti António Laceira, já encerrou há vários anos.
     Ali havia a Lubada (represa) onde ficava  armazenada a água e que no verão era aproveitada para fazer funcionar os Moinhos e as duas Fábricas, sendo que um delas veio a utilizar um Gerador, que produzia energia, e no Verão se  falta de água houvesse para fazer andar as rodas.
 Havia o Moínho do Mourão que era pertença do Vieira Guedes que tinha cinco noses, cujo moleiro era o Ti Joaquim Menino, que desistiu, e passou a laborar com ele o Ti Joaquim, que assim passou a contar com este,o de Laceiras e Aradelo.
     Na sua casa em Oliveira do Arda, montou um ou eléctrico , que moía seis arrobas por hora (90 quilos) de farinha, se fosse da mais macia, rondaria as cinco, demorava mais tempo e gastava mais luz, o mesmo acontecia com os outros que para lá do tempo gastavam mais água.
 Quando a aperta era grande, levantavam a mó para cima,  produziam mais e gastavam menos luz.
  Moíam ainda Centeio, Trigo e Cevada para a Cooperativa da Empresa Carbonifera do Douro, de mil quilos por mês.
Moleiro que abastecia Folgoso, Raiva, Serradêlo, Pejão Velho, Santos de Sá, Póvoa, Pedorido, Serradelo, Raiva e Oliveira do Arda.
     Para isso contava com  três mulas, cada carregava cerca de cento e cinquenta quilos, a razão porque só tinha mulas, era a de que os burros carregavam muito   menos.
     O Ti Jaquim para além de si, contava com a esposa e três filhos, já que haviam mais, mas eram de tenra idade.
      Os filhos Manuel Soares Martins, Amadeu Soares Martins e José Soares Martins.
       Este testemunho foi-me cedido pelo Moleiro:- Manuel Soares Martins

1 comentário:

  1. SUGESTÕES PARA AS VOSSAS CONCEITUADAS FESTAS DE 2010: LUCAS & MATHEUS, LÉO & LEANDRO, AGRUPAMENTO MUSICAL IVASON E BANDA CORAÇÃO SERTANEJO. Consultem os sites: www.lucasematheus.com, www.leoeleandro.com.pt e www.ivason.com. Contactos: ANTÓNIO LOPES 913729192 / 960195669 / 224041482 / e-mail: antonio.alproducoes@gmail.com. Cumprimentos.

    ResponderEliminar