Pesca da Cabaceira
Durante muitos anos eram os caseiros da quinta da Raiva que deitavam aí as cabaceiras, armando até três, depois abandonaram e qualquer um lá as deitava.
Um dia o Alberto Gordinha que vive na Estação falou com o dono que autorizou, e começou então a pescar, não teve grande sorte, porque apenas o fez durante um ano, porque entrou em funcionamento a barragem.
Também nas Fontaínhas, durante o tempo do Ti Anastácio, as lá foi dentando e pescando. Muitas vezes era feita pelos empregados, já que ele tinha Rabões e a Tasca. Tambémpara ali se deslocavam as pessoas a levar queiró e carqueija.
Mas as melhores pesqueiras, eram as duas por baixo da Estação (Cooperativa) onde o João Baloca e o Conde Pedorido fizeram boas pescarias, já que também lá pescavam bastante Sável. Esssas Pesqueiras eram do Luis Aranha da Póvoa, hoje é pertença do Nelito da Vista Alegre.
Foi na Pesqueira da Raiva que vi afogar-se pela primeira vez um rapaz. Encontrava-me a pescar ao Muge com o meu Avô, mais acima encontrava-se o Esmael Serralheiro. Infelizmente nada pdemos fazer. O Corpo deu à Tona no dia seguinte aí na rebessa da pesqueira.
Recordar é viver.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
EXCELENTES RECORDAÇÕES!...
ResponderEliminarConheci tão de perto as pesqueiras no Douro um pouco abaixo da Estação onde cheguei a ser tão feliz!...
Conheci pessoalmente esses dois pescadores de lampreias; eram de Pedorido e os filhos também colaboravam, por vezes, na pescaria. O Conde era mineiro nas minas de Germunde e toda a sua actividade piscatória era feita nas horas pós-laboral, incluindo o final de semana!
O "NELITO" dono actual desses terrenos junto do Douro e também das ditas pesqueiras, terá agora 64 anos, convivemos bastante no futebol, quando Jean Pierre Gabler, neto do velho Jean Tyssen, reativou o clube do Pejão em meados dos anos Sessenta!... O Nelito era na altura um jovem guarda-redes, muito promissor, com uma boa estatura, mas claro, faltava-lhe ainda a maturidade...
Luís Aranha, filho da Casa da Póvoa, como se dizia, era um abastado proprietário, solteirão, que sempre conhecemos como Administrador das minas do Pejão e o seu gabinete de trabalho ficava nos escritórios de Germunde, mesmo ao lado da Central Telefónica da Carbonífera!
Factos que conhecemos e que registamos, porque também fazem parte da nossa história...
Por último é meu dever dar os parabéns ao meu amigo VALDEMAR, porque sem os dados do seu belo texto, não seria possível o meu modesto contributo!
RECORDAR É VIVER DUAS VEZES!
PIKO
Luis Aranha que tempo houve em que não havia dinheiro para pagar os ordenados aos mineiros e ele assegurou-os. O Padre Gonçalo que desde 1968 é padre na Freguesia de Nogueira da Regedoura e que há uns anos acumula a Paróquia de S. Paio de Oleiros é o Propríetário da casa e Quinta da Póvoa, sendo de parte da herança, já que era seu sobrinho e aliás o seu Pai viveu na Casa onde antes tinha vivido o Tissen.
ResponderEliminarObrigado Amigo pelo teu Comentário e espero novos contributos, é a melhor forma de prestarmos a devida homenagem a essas lindas aldeias e homenagear a memória das suas e nossas gentes, de quem herdamos Educação e respeito. Aquele abraço
...mas como o Mundo é pequeno !!!
ResponderEliminarMeu avô materno nasceu em Midões. Seu irmão Nicolau, trabalhou a quinta da Raiva, durante muitos anos. Eu, trabalhei em Germunde (Lavaria) e fiz parte da renovada equipa do Pejão entre 1964 e 69. O Nelo, a que chamavamos "dente de ouro" foi, com Farol, Teta e Brito, a defesa balizar das nossas cores. Pinheiro, Bocas Drupa, Quetas, Pierre e tantos outros foram meus colegas de equipa. Aliás, podem relembrar essas caras jovens, nas minhas fotos do Facebook. Adoraria obter fotos da equipa de iniciados de 1962~63, com Pala, Domingos Pulga, Sousa, Manel Jaquim e outros que já passaram.
Sobre o Douro, desde o areio de Hortos, a passagem da ti Isabel e Marília na estação, as pescarias com o Zeca Sapateiro e o Helder, desde as fontaínhas, pela Cana da Raiva, até ao areio de Pedorido, foram o viver da minha infância. Que pena que sejamos tão poucos a transmitir à nova geração, o que foi o nosso estilo de vida até aos anos 70.
Por fim, aos meus familiares e amigos falecidos trágicamente na ponte. Getúlio, em especial, porque durante muitos anos coviveu comigo em Germunde, o meu preito de homenagem.
Desde gaia, mas com base em Rio Mau, Mário Capelas para o povo mineiro, e Mário Oliveira para os restantes.
Abraço.