terça-feira, 10 de novembro de 2009

Histórias que fazem a História!

DOS LUGARES ABITUREIRA SEBOLIDO NO TEMPO EM QUE PERTENCIAM Á FREGUESIA DE CANELAS

Por volta do final do Século XVII, mais concretamente a partir do ano mil e seiscentos, eram então caseiros da Quinta da Abitureira o Senhor Manuel Francisco, natural de Gondarêm-Raiva e aquela que passaria a ser sua Esposa de nome Maria da Rocha Natural da Freguesia de Canelas, pertenciam a esta Freguesia os então Lugares de Abitureira e Sebolido. A Quinta da Abitureira (que dava o nome ao citado lugar e da qual existem várias lendas e sido pertença da alta Casta da Sociedade Monárquica), era dotada de Lagar de Azeite, Lagar para fazer Vinho e Moínhos de Moagem de Farinha e posteriormente aquando do transporte do Vinho do Porto ali construída uma das primeiras Linguetas no Douro, onde passou a ser armazenado o Vinho do Douro.

Foi aqui que nasceu o senhor Francisco Rocha que viria a casar em 8 de Novembro de 1705, com a Senhora Ana Àlvares, natural de Aguiar de Sousa, local onde ocorreu o casamento e onde lhes ali teria nascido o seu primeiro filho. Pois naquele tempo era uso os casamentos se realizarem na terra natal da noiva. Certamente não resistindo ás saudades da sua Terra Natal, acabou por a ela regressar.

Deste casamento onde terão havido vários filhos, (já que era a fruta do tempo) de entre os quais o Senhor Paulo da Rocha, nascido em Sebolido e que viria a casar com Dona Luisa da Fonseca Natural de Cabroelo/Capela, filha de Manuel da Rocha de Cabroelo/Capela e de Maria de Freitas de Sebolido sendo que deste enlace nasceu o Joaquim Rocha que nasceu em 9 de Abril no ano de 1799.

Ainda muito novo e á procura de uma vida melhor fixou-se em Oliveira do Douro, Vila Nova de Gaia. Por ser natural de Sebolido e num auto louvável, não escondeu as suas origens (como infelizmente muitos outros e ainda nos dias de hoje o fazem) e como tal passou a ser tratado como o Manuel Sebolido. A alcunha foi passando para os seus familiares, mais tarde uma neta sua era tratada como Ana Sebolida.

Isto deu aso a que em frente da casa onde viveu o Joaquim Rocha, ainda hoje seja conhecido e tratado pelos mais antigos, como largo ou cruzamento "a Sebolida" "ou á porta da Sebolida".

Neto paterno de Luisa da Fonseca, de Cabroelo, e de Paulo da Rocha, de Sebolido e materno de Bartolo da Rocha e de Leonor Freitas, ambos de Sebolido, é tal a honradez e orgulho que sentem pelos seus descendentes que mesmo passadas estas gerações do Joaquim Rocha, os seus familiares, ainda hoje, conservam e estimulam essa alcunha.

Resta-me agradecer ao seu descendente Daniel Sousa, sendo seu familiar em 5ª geração, que me facultou todos estes dados e autorizou a sua divulgação.

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